sexta-feira, julho 29, 2005

Descanso!!!

Falta menos de uma hora para entrar de férias. Não fiquem com inveja!
É só uma semana, mas vai saber muito bem.
Portanto, provavelmente, durante a próxima semana não vou actualizar o blog. Mas prometo que no regresso vou encher o novo fotolog de imagens bonitas.

Aos que também vão de férias: Divirtam-se.
Aos que não vão: Bom trabalho.

Bandeirada

Devido a uma avaria no meu carro, ontem e hoje tive de requisitar o serviço de táxi para me deslocar para o trabalho. Talvez já há uns 10 anos que não andava de táxi. Na altura, ao chegar a Braga depois dos fins-de-semana em família, usava este meio de transporte para ir da Central de Camionagem para casa.

E ao fim destes 10 anos, de novo os suores frios se apoderaram de mim... O que julgava ultrapassado ou esquecido reapareceu. Aquela sensação aterradora por que todos passamos ao entrar num táxi. Voltou aquela dúvida. Aliás, voltou A DÚVIDA!

- Sento-me à frente - ao lado do taxista - ou no banco de trás?

Fico sempre nervoso perante esta escolha... O tempo que medeia entre o táxi parar e eu entrar nele parece infinito. Consigo nesses escassos segundos analisar quase todos os prós e contras de cada opção.
Se escolho ir atrás pode parecer que quero manter a distância com o condutor, numa postura altiva ou de superioridade. Por outro lado, ir à frente presupõe uma proximidade que na realidade não existe com a agravante de ser suposto "fazer" conversa.

E isto de conversas de circunstância é das pior coisas por que posso passar. O mais frequente é manter-me calado, após indicar para onde quero ir. Mas o silêncio que se instala pode ser deveres incómodo, interrompido a espaços pelo som distorcido da central: "tsssst... Carro 38 à Rua do Raio... tsssst... junto ao Centro Comercial do Rechicho... tsssst..." E depois, de novo o silêncio.

Por vezes, um ou outro taxista, tenta começar uma dessas conversas com as deixas habituais:
- "Em pleno Verão e de chuva... isto já ninguém percebe nada. Nem se sabe com que roupa devemos sair de casa... mas pelo menos dá uma ajudita aos Bombeiros, que isto este ano parece que ainda está pior que o ano passado."
- "Pois é", respondo eu.
- "Mas a culpa é do Governo, é uma cambada de chupistas. É só Venha a nós, Venha a nós, e o Zé Povinho é que se lixa..."
- "Mas a culpa de quê? Da chuva, da roupa ou dos incêncios?"
- "De tudo! Que eles vão p'ra lá, mas não percebem nada daquilo. É só tachos..."
- "Pois, mas por muito maus que sejam, estão lá porque alguém votou neles."
- "Eu é que não fui! Já não voto vai p'ra mais de seis anos, qu'eu não acredito em nenhum. São todos uns aldrabões... Não se aproveita nenhum."
Por esta altura a conversa começa a deixar de ser de circunstância. Começo a ter vontade de argumentar mas, (in)felizmente, estou a chegar ao destino...

- "São três euros e cinquenta e quatro."
- "A conversa está incluída?"

segunda-feira, julho 25, 2005

Novidades

Acrescentei uma funcionalidade a este blog. A partir de agora é possível enviar por mail qualquer dos posts aqui publicados bastando para tal clicar no icon do envelope (no final do post, ao lado do link dos comentários). Só não sei se isto interessará a alguém...

Entretanto estou a preparar um novo fotolog. Descobri um serviço melhor que o www.fotolog.net.
Entre outras possibilidades, permite-me adicionar 60 fotos/mês em vez de 1 foto/dia.
Logo que tenha lá as primeiras fotos, eu aviso. De qualquer forma fica já o endereço: http://portus.buzznet.com

quinta-feira, julho 21, 2005

É assim...

É assim, esta é uma expressão que já me irrita.
É assim, conheço algumas pessoas que já não conseguem começar uma única frase de outro modo.
E é assim, se ainda estivessem a explicar a alguém como se faz qualquer coisa, era compreensível. Alguém pergunta: "Olha lá, como é que se envia um fax?" e a resposta, enquanto se demonstra o funcionamento da máquina, seria: "É assim." É assim que se deve usar o "É assim."
É assim, o pior é que isto parece ser contagioso.
E é assim, podem querer dizer-me uma coisa importantíssima ou que seja do meu total agrado, mas é assim, se a começam desta maneira estragam tudo.
É assim, um destes dias começo a contar em voz alta o número de vezes que as pessoas com quem estou a falar dizem "É assim..."
E é assim, talvez até consiga que deixem de dizer tantas vezes.

É assim... prontos.

terça-feira, julho 19, 2005

Silly Season

Está aí a Silly Season!
Não sei se há um dia definido para o ínicio desta época, mas ontem vi uma notícia já em jeito de prenúncio das que se avizinham...
Era a notícia de um norte-americano que bateu um novo recorde: o de fazer rodar o maior aro em volta do corpo (Hoola Hoop). Importantíssimo! A nível mundial, devo salientar, pois vi primeiro num canal nacional - RTP1 (?) - e depois na idónea CNN...

O que nos vale, em Portugal, é que a Silly Season coincide com a época de incêncios, senão era um não parar de recordes e curiosidades e animais acrobáticos e concursos malucos e férias de ministros... Assim pelo menos vamos tendo umas notícias importantes: os incêndios!
Aliás, começo a suspeitar de que alguns são ateados pelos jornalistas. Afinal, nesta época, eles não têm o que noticiar - porque o MUNDO também entra de férias, como todos sabemos.

Todavia, começa a ser também repetitiva esta história dos incêndios. Já está muito batida. A única coisa que muda são os locais. Nos anos pares é nuns sítios, nos ímpares é noutros para os primeiros poderem voltar a ter vegetação.
Já a conversa dos ministros e demais responsáveis é a mesma todos os anos, sejam pares ou ímpares: "Está a ser estudado um programa que entrará em curso no final do Verão de forma a não se repetir esta calamidade no próximo ano. Blá blá blá...".

Um destes dias, na mercearia da minha rua, dizia uma senhora com os seus 60 e muitos anos, que no tempo do Salazar não era nada desta desgraça - referindo-se aos incêndios. Tive de intervir. Incomoda-me sempre este comentário: "No tempo do Salazar é que era"! Em especial vindo dos que ajudaram a fazer ou viveram a revolução... Daqueles que frequentemente dizem que a juventude "está perdida" e outras frases do género... Dizem-nos que temos de aprender o significado da Liberdade e depois saem-se com estas...
Mas o que me assusta mais nestes comentários é que são sinal de descontentamento e desconfiança em relação aos políticos. Em grande parte devido às promessas não cumpridas ano após ano. Como esta, recorrente, dos programas de combate aos incêndios.
Foga-se, que já cansa!

quarta-feira, julho 06, 2005

O Jantar

Um jantar é uma óptima ocasião para que, armadas de faca e garfo, as pessoas se conheçam melhor.
Desde há muito tempo que considero fundamental, para não dizer imprescindível, ter a hipótese de jantar com alguém antes de considerar essa pessoa um(a) amigo(a). Esta é uma condição necessária, mas não uma condição suficiente.
E tem mesmo de ser um jantar, ou eventualmente um lanche ajantarado. Nunca um almoço: os almoços são de negócios, ou a correr, ou de família ao fim-de-semana. Os jantares sim, são propícios ao conhecimento mútuo. Não há pressas, logo a conversa pode fluir mais à vontade.
Mas não é só pelas opiniões emitidas que as pessoas se podem conhecer melhor num jantar. Às vezes bastam os temas abordados para permitir aferir sobre os comensais presentes.
Acho curiosa a frequência com que, num jantar onde as pessoas não se conhecem bem, se começa por falar precisamente de Comida. Não necessariamente da comida servida nesse jantar, mas de comida em geral: do que se gosta; do que não se gosta; deste restaurante que «serve um arroz de pato muito bom»; daquele que «tem um marisco do melhor»; do outro que «possui uma garrafeira excepcional»; daquela receita de caldeirada que se aprendeu com a avó; do leite-creme feito pelo pai; da vitela assada da tia...
E é no meio desta lista gastronómica que se descobrem algumas características não explícitas daqueles que estão à mesma mesa. A referência a determinados restaurantes é um possível indicador da situção económica e a alusão à avó, ou tia, ou padrinho que cozinha tão bem, pode dar dicas sobre a relação com a famila.
O engraçado disto é que mesmo que usemos todos estes sinais para tirar ilações sobre alguém, na maior parte das vezes não o fazemos conscientemente. No final de um jantar talvez nos limitemos a dizer que simpatizámos mais com uma ou outra pessoa, e nem sempre sabemos explicar porquê.

Da próxima vez que tiverem um destes jantares, pensem nisso.
E bom proveito!

terça-feira, julho 05, 2005

Fotolog

Criei outro blog, ou melhor um fotolog. Vai ter uma actualização menos frequente que este blog, mas passem por lá e deixem os vossos comentários.

No entanto vou continuar a colocar aqui as fotos que achar indicadas para ilustrar estes textos...

O fotolog está em:
http://www.fotolog.net/jportugal/

Se preferirem podem usar o link, aqui do lado direito.

Nota: Os utilizadores de Mac devem usar o browser Safari, com o Internet Explorer dá asneira...

sexta-feira, julho 01, 2005

Politiquíces

É verdade que temos em Portugal uma infinidade de situações caricatas, se não absurdas, mas tenho algum cuidado em evitar os clichés do género: "Só mesmo em Portugal é que isto podia acontecer" ou "Este país nunca há-de andar para a frente". Todavia não deixam de me indignar algumas surpresas que certos compatriotas nos preparam.
Estou a referir-me concretamente a duas situções que considero perfeitamente descabidas de dignidade e são, geograficamente, relativamente próximas uma da outra. São elas as candidaturas de Fátima Felgueiras e Avelino Ferreira Torres a presidentes das autarquias de Felgueiras e Amarante, respectivamente.
Como é possível ter descaramento para avançar com estas candidaturas? Acredito que os dois se achem merecedores de ocuparem os cargos. Não percebo com que argumentos, mas acredito. Já não percebo é como é que há uma equipa que os apoia... Como é possível que esta senhora e este senhor tenham uma legião de seguidores?
Parece que cada vez mais é preciso ser-se trapaceiro, andar em negociatas obscuras, roubar dinheiros públicos ou praticar crimes afins para se ser considerado uma pessoa às direitas. Mas afinal que pouca vergonha é esta?

Podem dizer-me: "O que tens tu a ver com isso? Não és de nenhum desses Concelhos, nem habitas lá. Além do mais, se quem lá está votar neles, quem os atura não és tu". Pois é, mas os meus impostos não vão só para o Concelho donde sou ou onde habito. E não consigo aceitar que me peçam para apertar o cinto se vejo indivíduos como o Sr. Avelino ou a Srª. D. Fátima chegarem a presidentes de Câmara impunemente.

Se calhar é por estas e por outras que este país nunca há-de andar para a frente...

Ah! Esqueci-me de incluir na lista o Sr. Isaltino Morais, o Major Valentim Loureiro... e quantos mais?